A Virada Cultural de Belo Horizonte 2022 já começou com tudo, atraindo grande público no início de sábado com shows como Orquesta Atípica de Lhamas, Clara X Sofia e Lamparina. Quem virou pode curtir a madrugada com atrações como Samba da Meia Noite, Masterplano, @absurda e muito mais. Entre os shows, um dos pontos altos foi a apresentação de Renegado com Sandra de Sá no Palco Estação, com direito a homenagem à Elza Soares e entoando com o público clássicos como “Eu quero é botar meu bloco na rua”.
Palco Estação - Renegado e Sandra de Sá - Alexandre Guzanshe/Instituto Periférico
A programação do Dia da Amazônia no Parque Municipal também trouxe shows memoráveis como Nath Rodrigues, Kaê Guajajaras, Kdu dos Anjos, Veronez com Sérgio Pererê. Fernanda Takai garantiu que o encerramento das atrações do espaço
fosse com chave de ouro, embalando o público com repertório aclamado. O clima de Carnaval tomou conta do dia. Diversos blocos já tradicionais da festa popular marcaram presença como Swing Safado, Bloco Fúnebre, Bloco Funk You – que animou a madrugada – Bloco Seu Vizinho, Tutu com Tacacá e até a baianidade dos Baianinhas, grupo mirim do Baianas Ozadas.
Bloco Fúnebre - Glênio Campregher/Instituto Periférico
O sol e o clima animadores fizeram com que a Praia da Estação fosse ponto de encontro da Virada e atrações fixas como o Futebol de Sabão e Totó Humano garantiram a constante diversão. Quem passou por debaixo do Viaduto também fez questão de balançar nas gangorras brilhantes que fizeram parte da intervenção “Zona de Afeto”, do Grupo Viela.
Em clima de nostalgia, o Mundialito de Rolimã que aconteceu na Av. Assis Chateaubriand reuniu crianças, jovens, adultos e uma galera radical da melhor idade nas clássicas decidas com carrinho de rolimã, onde a velocidade e adrenalina tomaram conta. Nem os pets ficaram de fora da programação, com o Espaço Vira Lata, onde os tutores conferiram dicas de cuidados, alimentação e adestramento, além de feiras de adoção.
Vira Lata e Encontro de Rodinhas com doguinhos especiais. Júlia Lanari/Instituto Periférico
As parcerias com outros eventos culturais de Belo Horizonte contribuíram para uma programação de sucesso. “Dia da Amazônia”, “Festival Azeda”, “Festival Sonora”, “BH Stone”, “Festival Fora da Cena”, “Verbo Gentileza + Festival Rolé” e “Festival de Dança de Salão Contemporânea”, em parceria com a Virada Cultural, mostraram que as manifestações artísticas de Belo Horizonte são múltiplas e juntos fazem, de fato, a cidade respirar cultura. A Virada também contou com programação associada de diversos equipamentos culturais.
O Viradão Gastronômico, com curadoria da jornalista Lorena Martins, complementou a programação, com 26 estabelecimentos com pratos especiais para quem curte gastronomia e quis vivenciar a Virada Cultural em todos os sentidos. Os roteiros gastronômicos confirmaram os atributos que deram a Belo Horizonte o título de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Unesco.
“Pensei em ser democrático - assim como a programação da Virada Cultural - na diversidade de comida, ter preço justo e enumerei a receita ou prato que mais faz sentido para aquele lugar e para a pessoa que move a cozinha daquele estabelecimento. Percebi que nessa troca, pesquisa e conhecimento com os proprietários desses lugares, encontrei uma possibilidade de resgatar a autoestima de cada um ali, que enxergou a sua própria potencialidade gastronômica em uma simples receita. Criar a sua receita do Viradão, fez com que os comerciantes se sentissem pertencentes à nossa cidade ao integrar a programação de um evento tão importante”, comentou a curadora.”, comentou a curadora.
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